As doenças hepáticas em cães exigem cuidados especiais com a alimentação, que se torna um pilar fundamental para o tratamento e a qualidade de vida do animal. Uma dieta adequada pode auxiliar na regeneração do fígado, minimizar os sintomas e retardar a progressão da doença. Este artigo abordará detalhadamente os aspectos cruciais da alimentação para cães com problemas hepáticos.
Como saber se o meu cão tem uma doença hepática?
Sendo assim, conseguir perceber que o animal tem um problema no funcionamento do fígado é importantíssimo para garantir que ele tenha uma chance de tratamento, melhorando assim a sua qualidade e expectativa de vida.
Então, é de suma importância saber como reconhecer os principais sinais que um animal com doença hepática costuma apresentar. E os principais são os seguintes:
- Distúrbios de coagulação sanguínea
- Vômito
- Perda de apetite (anorexia)
- Letargia
- Náusea
- Perda de peso
- Diarreia
- Fezes pálidas (mais claras que o comum)
- Ascite (acúmulo de líquido no abdome)
- Icterícia
- Encefalopatia hepática
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Entendendo a Importância da Alimentação na Doença Hepática
O fígado desempenha diversas funções vitais no organismo, incluindo metabolização de nutrientes, desintoxicação, produção de bile e armazenamento de vitaminas. Quando o fígado está comprometido, essas funções ficam prejudicadas, e a nutrição adequada se torna essencial para:
- Reduzir a carga sobre o fígado: Uma dieta balanceada facilita o trabalho do órgão, evitando sobrecarga e auxiliando na sua recuperação.
- Fornecer os nutrientes necessários: O fígado necessita de nutrientes específicos para se regenerar e funcionar adequadamente.
- Controlar os sintomas: A alimentação adequada pode minimizar sintomas como vômitos, diarreia, perda de apetite e encefalopatia hepática (alterações neurológicas decorrentes da disfunção hepática).
Algumas raças merecem mais atenção
Infelizmente, existem muitas razões para o surgimento de uma doença hepática em um cão e, por isso, esse é um caso bastante comum na clínica médica veterinária.
Muitos estudos sobre o tema comprovam que existem raças que são muito mais predispostas em relação a outras. A seguir falaremos sobre as principais alterações e as razões para que isso ocorra:
Doenças hepáticas por acúmulo de cobre
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Raças com tendência a desenvolver a hepatite crônica
- Cocker Spaniel
- Doberman
- Labrador Retriever
- Poodle
Doenças hepáticas congênitas relacionadas ao sistema porta hepático
- Yorkshire Terrier
- Maltês
- Cairn Terrier
- Irish Wolfhound
Os objetivos nutricionais nos casos de doenças hepáticas
A dieta certa para um cão que sofre de doença hepática deve ser pensada para o tratamento desses animais, como forma de garantir a boa saúde deles.
No entanto, existem alguns objetivos fundamentais que devem sempre ser levados em consideração ao se elaborar uma dieta para esses animais. São três os mais importantes e, vamos falar sobre eles nos próximos tópicos.
- Utiliza nutrientes essenciais que promovam a regeneração dos hepatócitos, preveni as complicações maiores da insuficiência hepática.
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Oferecer a quantidade necessária de nutrientes e energia
Quando se fala na dieta certa para cães que sofrem de doença hepática, garantir o aporte calórico adequado é fundamental. Mais do que isso, essa é uma grande prioridade nesses casos, sobretudo tendo em vista a prevenção da perda expressiva de peso e de massa magra.
A desnutrição causada por doença hepática provoca perda de peso bastante significativa, além de perda de massa muscular e hipoalbuminemia. O estado de saúde debilitado desses animais se deve aos quadros de anorexia, vômito frequente, problemas digestivos, e deficiência na absorção e metabolização dos nutrientes. Além disso, o catabolismo de proteínas aumenta, ao mesmo tempo em que o fígado não consegue sintetizar mais proteínas para manter o organismo do cão funcionando adequadamente.
Sendo assim, é de grande importância usar fontes calóricas que sejam predominantemente carboidratos e lipídios. Isso ajuda a evitar que aminoácidos sejam usados como fonte de energia, de modo que se reduza ou previna a gliconeogênese hepática. A dieta certa para um cão que sofre de doença hepática também deve ter grande densidade de energia, visando oferecer ao animal as calorias de que ele necessita, sem precisar oferecer quantidades tão grandes de comida ao cão.
No que diz respeito ao aporte proteico, é importante que as quantidades sejam ajustadas de acordo com o tipo de hepatopatia, sempre tendo em mente a manutenção e regeneração celular adequadas.
Além de fornecer energia e proteínas na medida certa, é importante repor os nutrientes perdidos e, também ajustar a alimentação para a manutenção de boas quantidades de vitaminas e minerais. É importantíssimo pensar nas demandas de aminoácidos, potássio e zinco, bem como algumas vitaminas, principalmente B, C e K.
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- INDICAÇÃO: Alimento coadjuvante para cães. Recomendado para cães como auxiliar em casos intestinais crônicos e agudos, gastrites, má absorção, supercrescimento. CONTRAINDICAÇÃO: – Filhotes, cadelas prenhes e lactantes. – Insuficiência hepática/renal. – Não indicado para pacientes com pancreatite. PERÍODO DE ADMINISTRAÇÃO: Em quadros agudos, recomenda-se a utilização máxima de acordo com indicação do veterinário. Nas doenças crônicas o alimento deverá ser fornecido durante toda a vida do animal, sob supervisão veterinária. Para o melhor aproveitamento do produto, recomenda-se o fornecimento no mínimo 4 vezes ao dia.
Pensar na regeneração adequada dos hepatócitos
Ao se pesar a dieta certa para um cão que sofre de doença hepática, deve-se sempre pensar na regeneração celular. Para apoiar essa regeneração das células específicas do fígado, é preciso fornecer ao animal as quantidades de nutrientes que sejam suficientes para o seu metabolismo.
Entre eles, deve-se priorizar o aporte de proteínas, L-carnitina e das vitaminas do complexo B. Mas não basta pensar nas quantidades, devendo-se ter atenção também na absorção desses nutrientes. Sendo assim, além de oferecer ao animal quantidades ideais de proteínas, deve-se analisar se as fontes favorecem a boa digestibilidade. Pensar nas quantidades e, também no tipo de fonte proteica é muito importante para o favorecimento da regeneração adequada do parênquima hepático.
Quadros de encefalopatia hepática são mais delicados
Muitas vezes, a cirrose vem acompanhada por encefalopatia hepática e, essa é uma situação mais delicada, em que a condução do caso deve ser bem mais cuidadosa. Isso se deve sobretudo à dificuldade que existe para se determinar as quantidades adequadas de proteínas.
Deve-se pensar que o cão precisa de uma quantidade adequada para a manutenção do seu balanço nitrogenado, ao mesmo tempo em que a quantidade de proteína excessiva pode agravar a encefalopatia hepática.
Por outro lado, se os animais receberem menos proteínas do que necessitam, acabam entrando no que se chama de balanço nitrogenado negativo. Quando isso ocorre, os animais tendem a apresentar um quadro de desnutrição, de falta de albumina, que levam a uma piora do quadro e do estado geral.
Diante disso, para que se tenha uma regeneração adequada das células hepáticas, é fundamental conseguir um balanço nitrogenado adequado. Sendo assim, deve-se buscar o valor máximo de proteína que o pet pode ingerir, mas sem que isso agrave o quadro de encefalopatia hepática.
Além disso, deve-se pensar na deficiência de L-carnitina, que é uma amina quaternária que contribui com o transporte de ácidos graxos maiores do citoplasma da célula para dentro das mitocôndrias. Isso é importante, considerando-se que as mitocôndrias são as principais responsáveis pela produção de energia tendo os lipídios como principal fonte.
Em cães, a L-carnitina é produzida sobretudo no fígado, apesar de isso ocorrer também no cérebro e nos rins. Outra questão fundamental é que as vitaminas do complexo B são armazenadas no fígado na forma de coenzimas.
Justamente por isso, é bem comum ver que os animais com problemas hepáticos possuem uma demanda cada vez maior por essas vitaminas. E para a regeneração dos hepatócitos, é importante oferecer grandes doses, que supram essas demandas elevadas.
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Combater radicais livres e minimizar o acúmulo do cobre
No fígado o cobre se liga às proteínas e, pode ser absorvido. No entanto, apenas uma pequena quantidade pode ser armazenada e, o restante é eliminado pelo organismo por meio da bile. Uma quantidade anormal de cobre costuma aparecer quando existe um problema no metabolismo desse metal.
No entanto, em alguns casos as doenças hepáticas também podem provocar colestase. E o maior problema é que essa quantidade de cobre anormal é capaz de causar sérios danos para os hepatócitos. Quando o cobre não está ligado às proteínas, ele apresenta toxicidade elevada. E é justamente isso que ocorre em animais com doença hepática.
Isso porque o cobre possibilita a ocorrência de reações que formam radicais hidroxila, que são radicais livres de elevada toxicidade. Esses radicais livres provocam a necrose dos hepatócitos e, por isso é importante restringir a quantidade de cobre na dieta certa para um cão que sofre de doença hepática.
Deve-se deixar claro que os radicais livres são componentes responsáveis pela formação das maiores lesões hepáticas. O acúmulo de radicais livres em geral acontece por conta do aumento das quantidades de ácidos biliares e, também por conta do acúmulo de metais como ferro e cobre.
Por outro lado, existem substâncias antioxidantes, que possibilitam que o organismo elimine esses radicais livres e minimizem os seus efeitos. Os principais que podem ser usados na dieta de um cão que sofre de doença hepática são as vitaminas E e C, os carotenpoides, a taurina e os polifenóis.
Tipos de Alimentos Recomendados
- Proteínas: Frango sem pele e cozido, peixe branco cozido (ex: tilápia, pescada), ovos cozidos. Em alguns casos, o veterinário pode recomendar proteínas vegetais como ervilha e soja.
- Carboidratos: Arroz branco cozido, batata doce cozida, mandioca cozida.
- Gorduras: Óleo de peixe (fonte de ômega 3), azeite de oliva (em pequenas quantidades).
- Suplementos: Consulte o veterinário para a indicação de suplementos específicos, como antioxidantes, vitaminas e minerais.
Alimentos a Serem Evitados
- Carnes vermelhas: São mais difíceis de digerir e podem aumentar os níveis de amônia no sangue, o que pode ser prejudicial para cães com encefalopatia hepática.
- Alimentos gordurosos: Frituras, alimentos processados, embutidos e alimentos ricos em gordura saturada devem ser evitados.
- Alimentos com alto teor de sódio: Alimentos industrializados, salgadinhos e temperos prontos.
- Chocolate: É tóxico para cães e pode agravar problemas hepáticos.
Rações Comerciais Específicas
Existem rações comerciais formuladas especificamente para cães com problemas hepáticos. Essas rações geralmente apresentam:
- Teor adequado de proteínas de alta qualidade.
- Restrição de gorduras.
- Teor reduzido de sódio.
- Suplementação de vitaminas e minerais importantes para a função hepática.
Consulte o veterinário para a indicação da melhor ração para o seu cão.
- Para cães de raças médias e grandes;
- Saúde da pele e pelagem;
- Protege as articulações;
Alimentação Natural para Cães com Problemas Hepáticos
A alimentação natural também pode ser uma opção, mas requer o acompanhamento de um veterinário especializado em nutrição animal para garantir que a dieta seja balanceada e atenda às necessidades específicas do cão.
Acompanhamento Veterinário
O acompanhamento veterinário é fundamental para o diagnóstico, tratamento e monitoramento da doença hepática. O veterinário irá:
- Realizar exames para diagnosticar a causa e a gravidade da doença.
- Prescrever o tratamento adequado.
- Orientar sobre a dieta ideal para o seu cão.
- Monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a dieta, se necessário.
Conclusão
Existem muitos tipos de problemas relacionados ao fígado e, eles podem se desenvolver de várias maneiras, com maior ou menor intensidade. Sendo assim, é preciso analisar cada paciente de maneira isolada quando se vai calcular as quantidades de cada componente que vai integrar a dieta do cão que sofre de doença hepática.
Além disso, frequentemente é preciso rever essas quantidades, uma vez que a alteração do quadro deve vir acompanhada de mudança na dieta.
Perguntas Frequentes
Quais os principais cuidados com a alimentação de um cão com doença hepática?
Priorizar proteínas de alta qualidade e em quantidade adequada (ex: frango, peixe, ovos), carboidratos de fácil digestão (ex: arroz branco, batata doce), gorduras moderadas, restrição de sódio e, em alguns casos, suplementação de vitaminas e minerais específicos (com orientação veterinária). Evitar alimentos gordurosos, carnes vermelhas, alimentos industrializados e chocolate.
Ração comercial para problemas hepáticos é sempre a melhor opção?
Rações comerciais específicas são formuladas para atender as necessidades de cães com problemas hepáticos, oferecendo um balanço adequado de nutrientes. São uma opção prática e eficaz. No entanto, a alimentação natural também pode ser adequada, desde que formulada e acompanhada por um veterinário especializado em nutrição animal para garantir o equilíbrio nutricional. A escolha entre ração e alimentação natural deve ser feita em conjunto com o veterinário.
Por que a proteína é tão importante na dieta de um cão com problemas hepáticos, e qual a quantidade ideal?
A proteína é crucial para a regeneração das células do fígado (hepatócitos). No entanto, o excesso pode sobrecarregar o órgão. Portanto, a quantidade deve ser controlada e de alta qualidade. A quantidade ideal varia de acordo com o caso, mas alguns estudos sugerem a restrição entre 2,1 e 2,5 g por kg de peso corporal, sempre sob orientação veterinária. O veterinário irá ajustar a quantidade conforme a gravidade da doença e as necessidades individuais do cão.